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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Salmão



Peixe salmônida de cor avermelhada peculiar aos mares europeus, e de carne saborosíssima, que chega a pesar 10/kl.
O salmão (foto) é um peixe de água gelada, originalmente do Atlântico e do Pacífico. O Brasil não tem clima favorável para a sua reprodução, por isso todo salmão consumido aqui é importado. Os brasileiros até que tentaram, mas algumas tentativas de criação do peixe fracassaram. Sua procriação é muito interessante. Os ovos são depositados em rios e lagos de água doce e ali nascem os peixinhos. Quando crescem um pouco eles migram para o mar permanecendo lá por cerca de dois anos.
Nessa época estão aptos a procriar, então voltam ao mesmo lugar onde nasceram para depositar seus ovos, nadando contra a correnteza. Muitos deles morrem depois desse percurso devido ao cansaço da sua difícil jornada. Os sobreviventes repetem a façanha na temporada seguinte.
A carne do salmão é macia, saborosa e muito nutritiva. É rica em ômega 3, substância muito recomendada pelos médicos e que ajuda a prevenir doenças cardiovasculares. Os benefícios relacionados ao consumo de peixe foram descobertos por volta dos anos 70, quando médicos observaram, por meio de seus estudos, que os esquimós da Groenlândia possuíam um ótimo coração. Isso ocorria devido à sua dieta rica em peixes.
Ao contrário do que se pode imaginar, o salmão que chega à nossa mesa não cresce livremente no mar conforme determina a natureza. Devido ao crescimento significativo do comércio desse produto, há muito o salmão são produzidos em viveiros, grandes fazendas de criação dele.
Ali os produtores tentam imitar o ciclo natural de vida do salmão: depositam as ovas em rios de água doce e, depois de um tempo do nascimento, transportam os peixes para o mar, em criadouros devidamente cercado.
É utilizada tecnologia de ponta para que se obtenha um excelente produto em tempo recorde para atender à crescente demanda.
Durante algum tempo houve uma grande polêmica quanto à qualidade do peixe criado em viveiro. Autoridades da área de saúde afirmavam que esse produto apresentava grande concentração de dioxina, substância proibida e cancerígena.
Além disso, o consumo do peixe cru (sushi e sashimi) apresentava risco à saúde devido à sua contaminação pelo parasita anisakidae, popularmente chamado de piolho. Devido a isso foi proibida a importação do produto fresco no Brasil, sendo aceita somente a de peixe congelado, condição que parasita não suporta.
Hoje todas as dúvidas quanto à qualidade do produto foram afastadas e o Brasil importa normalmente grandes quantidades de peixe, tanto fresco como congelado. Nosso exportador é o Chile, segundo maior do mundo, atrás somente da Noruega.
O consumo do salmão no Brasil se deve principalmente ao crescimento da população oriental em nosso país. Em São Paulo, onde se concentra a maior colônia de orientais composta por japoneses, chineses e coreanos, o consumo é muito alto e isso se deve ao fato de serem eles os grandes apreciadores do peixe cru. Seus costumes influenciaram a população nacional e hoje é comum para qualquer pessoa a apreciação de sushis essas himis; não só de salmão como de outros peixes, atum, por exemplo. Espero que os meus leitores tenham apreciado o relato.  . 

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