Não totalmente
de hábitos vegetarianos, o louva-a-deus é um gafanhoto-mor rapace. Realiza a
postura em grandes ootecas. Suas patas dianteiras bifurcadas, em forma de
turquesas, são armas terríveis e raptoriais. Os machos menores passam por
excedentes e são logo descartados e devorados pela fêmea depois da cúpula.
A origem do seu
nome popular talvez seja pelo seu porte quando pousado, lembra uma pessoa
ajoelhada em oração. Podemos ver esse beato vegetariano colocar se em pé e,
juntar as “mãozinhas” como se estivesse a benzer-se ou a agradecer à mãe
natureza que um dia o criou. Ele pertence à ordem biológica Matonea, e pode ser
encontrado nos jardins das casas, em campos e matas.
O formato da
cabeça, quase que triangular, também é um dos diferenciais. Há no planeta
aproximadamente 2.400 espécies diferentes de louva-a-deus. A maioria dessas
espécies sobrevive em ambientes de clima tropical ou subtropical.
O comprimento de
um louva-a-deus é de aproximadamente 5/cm. Também possuem longas antenas. Os
predadores do louva-a-deus são animais como pássaros e morcegos.
A capacidade de
boa visão também é uma das qualidades. Se mantido em cativeiro, só consegue
ficar vivo se receber alimentação viva.
As substâncias
presentes no organismo de presas quando vivas são primordiais para o inseto.
Nem todas as espécies possuem asas, mas as que as têm garantem agilidade na
caça e para fugir de seus predadores.
Quanto à
alimentação, os louva-a-deus são carnívoros. Eles são predadores principalmente
de outros insetos, como moscas, libélulas e borboletas. No momento da caça, ele
tem uma grande vantagem, que é a capacidade de se camuflar em meio à vegetação,
por conta de sua cor esverdeada, estratégia conhecida como mimetismo. Não se
trata de um inseto venenoso.
Porém, suas
pernas dianteiras acabam funcionando como garras para capturar a presa. A
eficiência do bichinho para caçar é tão grande que, em alguns casos, ele é
utilizado para substituir os pesticidas, para controlar as pragas, como em
jardins. Ele também é muito voraz e ágil nos voos que executa.
O período de
acasalamento dos louva-a-deus acontece no outono.
A fêmea tem o costume de
matar e comer o macho durante e depois do ato de acasalamento. Ainda durante, a
cabeça do macho é arrancada pela parceira. Mas a decapitação não é exatamente
um problema para o macho. Isso porque a cabeça do louva-a-deus não é
responsável por todas as funções vitais do organismo.
Na verdade, ela serve
apenas para coordenar o funcionamento do olfato e da visão. No mais, as outras
funções do inseto são comandadas pelos chamados gânglios abdominais.
Essa ‘refeição’
inusitada precisa acontecer para que ela receba os nutrientes necessários para
a fabricação de seus ovos.
Depois disso, ela pode botar de 10 até centenas de
ovinhos, dentro de uma cápsula, depositados no chão, ou enrolados numa folha.
Os bichinhos que saem dessa cápsula são chamados de ninfas, e logo já vão
correndo, assim que nascem, já fugindo de ataques de eventuais predadores, como
as formigas. Pelo fato de já nascer com muita fome, é provável que a ninfa se
alimente inclusive dos próprios irmãos, gerando atos de canibalismo, típicos na
espécie.