Etimologia. Jaçanã. De nome indígena (Tupi) esta ave (ribeirinha) está distribuída por quase todo o País. Sua coloração: de dorso vermelho-castanho vivo, uropígio e caudas mais escuros; com pontas pretas, e cabeça nuca e parte inferior pretas.
Esta ave vem de
uma família numerosa que ocorre somente na Amazônia. São aves terrícolas e
gregárias, que se destacam principalmente pela cobertura da cabeça e do
pescoço, revestido por penas curtas e veludosas, e são totalmente
domesticáveis.
CARACTERÍSTICAS
Ave-aquática esbelta de corpo muito leve, pernas muito
altas, dedos excessivamente longos e delicados, unhas afiladas como agulhas. De
plumagem marrom com pescoço e cabeça pretos. As rêmiges da mão verde-claro. O
bico é amarelo expandindo-se na fronte em uma forma de escudo vermelho, dedos e
unhas bem compridos, possuindo esporão amarelo nas asas que serve como arma
contra inimigos. Mede em torno de 23 cm de comprimento. Para não afundar
desenvolveu dedos enormes, que distribuem seu peso sobre as folhas. Seus dedos
são longos, com unhas de até 4 cm de comprimento, permitem que virtualmente
caminhe na superfície da água, sustentada apenas por folhas, capins flutuantes,
que afundariam com peso mais concentrado de outras aves. Sexos de cores bem
semelhantes, porém fêmea de porte bem maior (159 g contra 69, g do macho).
OCORRÊNCIA:
Toda América Tropical.
HÁBITOS
Se locomove sobre a vegetação aquática flutuante. Permanece
freqüentemente de asas levantadas, comportamento típico já no filhote. Funciona
como sentinela dos lugares onde habita, alertando para qualquer alteração na sua
área. É visto aos pares e, quando assustado, normalmente corre sobre as plantas
aquáticas, onde facilmente se esconde. Voa pouco. Se for obrigada a voar,
levanta as asas e pesada e ruidosamente voa para outra área. Fora da época de
reprodução são migratórios, associando-se em bandos.
ALIMENTAÇÃO
Insetos, moluscos, pequenos peixes e sementes.
REPRODUÇÃO
Choca 04 ovos cor de barro com numerosas linhas pretas que se
entrelaçam. Não constrói ninho, nem mesmo uma simples cama. A postura é feita a
céu aberto sobre plantas aquáticas, quase em contato com a água. Existe forte
defesa territorial. Vivem aos casais, sobretudo em lagos pequenos, mas ocorre
também poliandria, quando o espaço é amplo. Apenas o macho choca e zela pelos
filhotes. Para protegerem o ninho, fingem estar com uma perna quebrada
debatendo-se como se não pudessem voar (despistamento). Os filhotes são
nidífugos, logo após a eclosão saem por sobre plantas aquáticas. Já nesta idade
são extremamente pernilongos e sabem mergulhar.
AMEAÇAS:
Caça, poluição e destruição do habitat.
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