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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Inhambu-Xintã



Designação comum às aves tinamiformes, desprovidas completa ou quase completamente de cauda, e que vivem nas capoeiras ou em matas ciliares, ao rés-do- chão.
Conta-nos uma lenda folclórica americana, de uma seca maiúscula seguida de um incêndio crucial que impactou a floresta dizimando dezenas e dezenas de plantas e de animais, a começar com a população dos inhambus.
Ao ver ali os seus amigos consortes destituídos da vida, diz à lenda que o tinamídeo inhambu ficou tão revoltado com a mãe natureza que jurou (de pés juntos) de nunca mais cantar em períodos de estiagens.
É por isso que o inhambu por vezes abstém do seu canto: emudece durante períodos de prolongadas estiagens, prefere as estações chuvosas e não o estio. Quando as chuvas retornam, e renovam o viço da natureza, aí novamente aparece o inhambu todo faceiro andando pelas bordas das matas (acasalados) e cantando à sua maneira as alegrias da terra. Afirma a estória.
Lembrando que a dupla caipira Tonico e Tinoco, (patrono da musica sertaneja de raiz) falou sobre esta ave.  

CANTANDO: 
“Só me alegra quando pia lá pra aqueles cafundós; é o inhambu-xintã, é o chororó” (2 x).

As aves sempre tiveram boas relações com a música regional brasileira. 

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