O imaginário humano (fictício) sempre criou histórias e fantasias incríveis em torno das serpentes. Muitas dessas lendas tiveram e ainda tem origem na interpretação superficial de fatos curiosamente observados pelo homem do campo.
Diz à lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único
sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou
num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram.
Desde então anda pelos campos em busca de restos de
animais. Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do
tamanho de sua cabeça e persegue os viajantes noturnos.
Às vezes ele é visto como um facho cintilante de fogo
correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil é chamado de
“Alma dos Compadres e das Comadres”. Para os índios ele é “Mbaê-Tata”, ou Coisa
de Fogo, e mora no fundo dos
rios—dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou
almas penadas, e por onde passa, toca fogo no mato. Outros dizem que ele
protege as matas contra incêndios. Diz a lenda que as pessoas que foram
assustadas por ela correm desesperadas tentando sair das matas, prometendo
nunca mais provocar incêndios.
A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que
são os gases inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de
grandes animais mortos, que vistos de longe parecem grandes tochas em
movimento.
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